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Maranhão (região inicialmente chamada de Mairi) é uma das 27 unidades federativas do Brasil, localizada na Região Nordeste englobando a sub-região Meio-Norte do País. O estado faz divisa com três estados brasileiros: Piauí (leste), Tocantins (sul e sudoeste) e Pará (oeste), além do Oceano Atlântico (norte). Com área de 331 937,450 km² e com 217 municípios, é o segundo maior estado da região Nordeste e o oitavo maior do Brasil. Com uma população de 7 153 262 habitantes, é o 11º estado mais populoso do país. A capital e cidade mais populosa é São Luís. Eis outros municípios com população superior a cem mil habitantes: Imperatriz, São José de Ribamar, Timon, Caxias, Codó, Paço do Lumiar, Açailândia e Bacabal. Em termos de produto interno bruto, é o quarto estado mais rico da Região Nordeste do Brasil e o 17º mais rico do Brasil. As principais atividades econômicas são a indústria (trabalho de transformar alumínio e alumina, celulose, alimentícia, madeireira), os serviços, o extrativismo vegetal (babaçu), a agricultura (soja, mandioca, arroz, milho) e a pecuária. Possui um dos menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do país, com 0,687 pontos.
Localizado entre as regiões Norte e Nordeste do Brasil, o Maranhão há o segundo maior litoral do país, resultando em uma grande diversidade de ecossistemas. São 640 quilômetros de extensão de praias tropicais, floresta amazônica, diversas variedades de cerrados, mangues, delta em mar aberto, dunas o único deserto do mundo com milhares de lagoas de águas cristalinas. Também é perceptível, na maior parte do ano (entre os meses de maio a novembro), a seca branda na Microrregião das Chapadas do Alto Itapecuru, acentuadamente em São João dos Patos e Barão de Grajaú. Essa diversidade está organizada em cinco polos turísticos, cada um com seus atrativos naturais, culturais e arquitetônicos. São eles: o polo turístico de São Luís, o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, o Parque Nacional da Chapada das Mesas, o Delta do Parnaíba e o polo da Floresta dos Guarás. Com redução de altitudes e regularidade da topografia, apresenta-se um relevo modesto, superior a 90% da superfície inferior a 300 metros. Tocantins, Gurupi, Pindaré, Mearim, Parnaíba, Turiaçu e Itapecuru são os rios mais importantes e pertencem às bacias hidrográficas do Parnaíba, do Atlântico Nordeste Ocidental e do Tocantins-Araguaia.
O Rei de Portugal Dom João III dividiu a região do Maranhão em duas capitanias hereditárias, que o monarca entregou a Aires da Cunha e Fernando Álvares de Andrade, no ano de 1535 (região descrita como "grande baía com uma ilha"). A partir de então, até os franceses estabelecerem-se em 1612 (França Equinocial), o conhecimento da área não foi tomado por Portugal. Em 1615, no contexto da Conquista do Nordeste e Conquista da Amazônia (período de combate as forças estrangeiras que estabeleceram fortificações na região), uma expedição com portugueses e brasileiros partiu da Capitania de Pernambuco, sob ordem do Governador Geral da Armada e Conquista do Maranhão Alexandre de Moura e liderança de Jerônimo de Albuquerque, visando expulsar os franceses e consolidar o domínio português e, por conseguinte, sua habitação. Como recompensa pelo êxito na empreitada, o General nomeou Jerônimo de Albuquerque Capitão-Mor da Conquista do Maranhão e, em 1621, foi instituído o Estado do Maranhão, por Filipe II de Portugal (e Filipe III da Espanha) no Norte do América Portuguesa, porém instalado em 1626 devido aos conflitos com os holandeses. Sendo o novo Estado uma colônia independente e autônoma do Estado do Brasil, a criação da Capitania do Maranhão ocorreu em paralelo à fundação do Estado do Maranhão, ficando a Capitania subordinação ao Estado.
Em 1641, os neerlandeses ocupam a ilha de São Luís, donde foram expulsos pelos portugueses em 1644 consolidado o domínio português, Em 1654, criou-se o Estado do Maranhão e Grão-Pará, devido ao progresso e ascensão da região de Belém, e à verificação pela Coroa Portuguesa que tal organização administrativa favorecia apenas a interesses pessoais de donatários e sesmeiros. Em 1774, dividiu-se Estado em duas unidades administrativas por Marquês de Pombal: o Estado do Maranhão e Piauí e Estado do Grão-Pará e Rio Negro. O Maranhão apenas foi conquistado pelo Império do Brasil em 1823, porque Portugal o defendeu muito fortemente, e somente depois que o almirante Lord Cochrane interveio, a pedido de Dom Pedro I. Em 1831, irrompeu-se a Setembrada, que pregou que fossem expulsos os portugueses e os frades franciscanos, e, em 1838, a Balaiada, um movimento popular que contrariava a aristocracia rural. A economia declinou devido à abolição da escravidão pela Princesa Isabel, só vindo à recuperação na época da 1ª Guerra Mundial.
Em 1619, deu-se início a colonização do Maranhão, com a primeira imigração organizada de açorianos em território brasileiro.
Como território na América, foi construído por imigrantes de diversas regiões do mundo, dando-lhe uma rica e diversa cultura, embora de matriz portuguesa.